sábado, 26 de setembro de 2009

"(...) A vida não tem ensaio
Mas tem novas chances
Viva a burilação eterna, a possibilidade
o esmeril dos dissabores!

Abaixo o estéril arrependimento
a duração dos rancores
Um brinde ao que está sempre
em novas mãos

A vida inédita pela frente
e a virgindade dos dias que virão!"

Elisa Lucinda

Bom dia para todos e um ótimo fim de semana!!!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Morte e Vida

Acabo de ver a cena final de um seqüestrador sendo “neutralizado”- morto – no Rio de Janeiro. Cena bestial, independente da sua lógica e da necessidade existente.
A cena em si, é mais uma de um momento pouco lúcido de nossa sociedade, onde nos escondemos atrás de negros vidros sem nos perguntarmos como e por que um sujeito se convence ou é convencido de que através de um ato completamente desvairado ele vai ser mais gente do que ele foi até então. O que fazemos ou deixamos de fazer para perpetuar tal situação, até quando o sujeito sem nome, idade, família, história anterior vai continuar surgindo para nos aterrorizar e ser abatido como um animal pestilento?
Não aprovo a violência, não acredito nela como solução, embora entenda racionalmente a sua necessidade em situações limites como a ocorrida, mas será que só poderemos contar com esta solução para os nossos problemas? Será que cobrar das autoridades o efetivo emprego do nosso dinheiro onde deve ser empregado não ajuda? Será que não corromper e ser corrompido também não ajuda? Será que agir efetivamente pelo bem coletivo não ajuda?
Estamos há bastante tempo cuidando apenas do nosso umbigo, preocupados mais em consumir do que em discutir, atentos ao último lançamento tecnológico e cegos a perda da convivência que nos melhora e aprimora, achando bonito bravatas sobre quase tudo sem nos perguntarmos se de fato este é o caminho.
Por várias vezes disse a interlocutores que a diferença entre um bom sujeito e um mau sujeito é na maior parte dos casos a presença para um deles de família, casa, educação, ética e respeito ao ser humano de uma forma geral.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Informação de Qualidade.

No dia 20/09, o deputado Ciro Gomes em entrevista no programa Canal Livre, conseguiu colocar e cobrar da imprensa um tratamento de maior qualidade as informações por ela divulgada.
Na entrevista, concedida aos repórteres Joelmir Betting, Fernando Mitre e Antônio Teles, o deputado diz que o tratamento parcial e pouco qualificado da informação não colabora com o desenvolvimento da sociedade por ser generalizante ou parcial.
Particularmente, defendo que a informação deve ter qualidade e ser crível para podermos avançar em nossa caminhada. Na situação presente, cabe esclarecer que não estou apoiando o candidato Ciro Gomes (candidato a presidente), mas sigo acreditando na necessidade de questionarmos aquilo que nos é dito para podermos melhor decidir.
Vale a pena assistir e tirar sua própria conclusão.
Um abraço.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Livro

Aproveitando o grande sucesso da bienal, vou me atrever a indicar um livro. Trata-se do livro História da Paz, uma coleção de textos organizados pelo sociólogo Demétrio Magnoli e editado pela editora Contexto.
Neste livro é feita uma análise de diversos tratados de paz assinados pela humanidade, suas motivações subjetivas, seus bastidores e suas consequências.
Vale a leitura, pois ele clareia o nosso entendimento sobre diversos fatos modernos e contemporâneos e faz isto com um texto ágil e preciso, sem ser acadêmico demais, permitindo o acesso do público em geral.
Boa leitura!

sábado, 19 de setembro de 2009

Falar e Fazer

O MCCE, Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral, está na reta final de sua campanha para tentar barrar a candidatura de pessoas com condenação na justiça e que renunciam aos seus mandatos, para escaperem da cassação e poderem retornar posteriormente.
Para isto, estão colhendo assinaturas que serão utilizadas em um projeto de lei popular que trata especificamente do fim destas candidaturas duvidosas.
Assim, se quiser saber um pouco mais e talvez participar desta campanha, clique no link abaixo e veja diretamente na página do MCCE todos os detalhes da campanha, do projeto de lei e de como enviar sua asssinatura para o abaixo assinado.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Vale a Pena Acessar

O jornalista José Paulo Kupfer é um blogueiro de opinião que vale a pena ler. Suas notas, sempre claras e objetivas, colocam a possibilidade de um olhar diferente sobre questões relevantes do País e do mundo.
Assim, sugiro uma visita ao seu blog, através do link abaixo, para a leitura de seu ultimo post. Um abraço.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Fortalezas e Fortes: Turismo de Primeira



Domingo, 13/09, revisitei Niterói onde tive a oportunidade de conhecer o Forte Rio Branco, o Forte São Luis e o Forte do Pico.
É um passeio ótimo, que permite a presença confortável de crianças e adultos. O Forte Rio Branco não pode ser visitado, mas é por ele e de van que se chega aos fortes São Luis e do Pico.
Situados no alto de uma montanha, permitem uma visão espetacular da Baía da Guanabara e do Rio de Janeiro, além de ser fonte de informação sobre nossa história. Caminhar por ruínas, observar a arquitetura militar do séc. XVIII diante do cenário que os emoldura é algo imperdível.
A visitação começa às 9 horas e finda às 16 horas, o transporte de van custa dez reis para adultos, sete para estudantes e crianças até seis anos e crianças menores não pagam. Para fotografar o Rio é melhor ir pela manhã.
Para maiores informações: Forte Barão do Rio Branco - Alameda Marechal Pessoal Leal, 265 – Praias da Baía Atrações - Jurujuba - Niterói, RJ. Tels: (21)27110566/2711-0462.


A Justiça e Suas Decisões: Cumpra-se

A cerca de 1 ano, começou para mim o que hoje (14/09) se transformou em uma grande frustração. No final do ano passado fui informado pelo banco Itaú que receberia um novo cartão eletrônico que trazia uma grande e “irrecusável” novidade: viria junto no mesmo dispositivo um cartão de crédito.
Tão logo soube da novidade liguei para o banco e afirmei não ter o desejo de receber tal produto, pois não me seria útil. A atendente me informou que não teria jeito, iria receber assim mesmo e que não havia forma de modificar o produto, pois agora todos seriam assim.
Aborrecido, registrei queixa no atendimento do banco Itaú e posteriormente relatei o ocorrido ao Banco Central o que gerou um contato por parte da Sup.da Qualidade do Atendimento do B. Itaú. Neste contato, voltei a informar que não queria qualquer tipo de cartão por principalmente não precisar. Eis a minha surpresa quando dias depois recebo não mais 1 cartão múltiplo e sim dois cartões: 1 de crédito e outro eletrônico.
Pronto, fui ultrajado, pois falei, repeti e pedi, mas o banco Itaú ignorou completamente a minha manifestação. Então pensei, vou ao judiciário cobrar por está ofensa ao meu direito.
Em janeiro de 2009 dei entrada com uma ação de reparação por danos morais, devido à afronta perpetrada pelo banco, o resultado desta ação foi publicado hoje e para minha total incredulidade o juiz entendeu que não houve qualquer dano a minha moral “apesar dos transtornos causados”.
Não entendo, o banco ignora minha manifestação clara de discordância, me envia em duas ocasiões distintas algo que não queria e isto não é uma afronta? Entendo que fui desrespeitado por um poderoso agente econômico, que não parou frente a minha negativa e manteve sua ação de busca de venda. E fazem isto por saberem que, o ônus pelo desrespeito a um cliente é de fato muito pequeno, compensando assim, exercitar as chamadas práticas abusivas.
Sentença dada, cumpra-se, mas fica difícil entender como funciona o judiciário deste País, pois ele aparenta não ir a rua como propôs o Min. Joaquim Barbosa, tornando-se uma entidade quase abstrata para um mortal comum.
Sigo ultrajado.

Receita, Petrobras e a Informação.

Recentemente, nós, brasileiros, voltamos a ser bombardeados pelos nossos infindáveis escândalos técnicos políticos. O que me preocupa, além dos escândalos em si, é a percepção de que parte das informações necessárias ao nosso entendimento nos é de alguma forma restringida. Isto porque, embora as denúncias contra a Petrobras (mudança do regime contábil) e as feitas pela srª Lina Vieira no Congresso venham sendo tratadas pela grande mídia de forma constante, esta mesma mídia não apresenta nenhuma grande novidade, além das suspeitas e negativas citadas pelos interlocutores de sempre do governo e oposição. Digo isto, pois em nenhum momento vi ou li algo como ao que assiti no programa Entre Aspas, exibido em 25/08/2009, em um canal de TV a cabo e que exibia entrevista com o ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel, com o presidente do Sindreceita Paulo Antenor de Oliveira e com o advogado tributarista Paulo Sigaud.
Segundo os entrevistados a operação da Petrobras (mudança no regime de caixa p/ competência) que resultou na CPI da mesma era e é absolutamente legal e a atuação da srª Lina Vieira à frente da Receita Federal teria sido muito ruim, justificando-se, assim, a saída do cargo que ocupava. As afirmativas acima foram feitas por pessoas que publicamente possuem crédito e foram dadas ao vivo e de forma clara. Importante dizer que as palavras desses senhores não são por si só melhores do que a dos outros, mas foram totalmente diferentes.
E o que me incomoda então se obtive uma “boa informação” e tenho agora um novo ponto de observação? A resposta é que esta informação foi obtida em um programa de TV a cabo, exibido durante a semana, no horário de 23h e 30min, transformando-a em um privilégio, o que não deveria ser. Informação, particularmente a que estabelece um contraditório aparentemente qualificado deve ser dada a todos e não apenas a poucos através de veículos de comunicação de baixa penetrabilidade; deve ser amplamente divulgada, papel este dos grandes veículos de comunicação.
E por que não é assim? A quem interessa o nosso “analfabetismo informacional”? Sim, pois conhecendo apenas parte da informação não podemos interpretá-la, tal qual o sujeito que lê e não entende. E não entendendo, não poderemos aprimorar nossas condutas, acompanhar as mudanças do mundo e avaliar efetivamente o que nos cabe e nos interessa a fim de realizarmos as escolhas que beneficiarão o nosso futuro, que acredito deva ser construído de forma democrática. Democracia se constrói com liberdade e, para tanto, precisamos de educação, saúde, justiça ágil e clara com informação fluida e de qualidade que permeie todos os segmentos da sociedade.