domingo, 7 de março de 2010

Chuva

Ufa, é o que posso dizer ao chegar em casa à meia noite, depois de ter saído as 18h e 30min. de Botafogo. Normalmente levo cerca de 30min para fazer o mesmo percurso.
Só que choveu a chuva de sempre do mês de março e a cidade como sempre no mês de março sucumbiu.
Dirá nosso prefeito, compungidamente, que: "a cidade resistiu bem e foram situações pontuais". Resposta esta muito afinada com o discurso ora vigente.
E, assim, seguiremos torcendo para não nos afogarmos, enquanto nossos governantes posam com suas celebridades, com suas notas de êxito, sem se incomodar com o resto , pois, se isto lhes afetasse, certamente não estaríamos mais uma vez nesta situação.
Um abraço.
Wilson Pessanha

terça-feira, 2 de março de 2010

Trinta e cinco anos para ser feliz

Uma notinha instigante na Zero Hora de 30/09: foi realizado em Madri o Primeiro Congresso Internacional da Felicidade, e a conclusão dos congressistas foi que a felicidade só é alcançada depois dos 35 anos. Quem participou desse encontro? Psicólogos, sociólogos, artistas de circo? Não sei. Mas gostei do resultado.
A maioria das pessoas, quando são questionadas sobre o assunto, dizem: "Não existe felicidade, existem apenas momentos felizes". É o que eu pensava quando habitava a caverna dos 17 anos, para onde não voltaria nem puxada pelos cabelos. Era angústia, solidão, impasses e incertezas pra tudo quanto era lado, minimizados por um garden party de vez em quando, um campeonato de tênis, um feriadão em Garopaba. Os tais momentos felizes.
Adolescente é buzinado dia e noite: tem que estudar para o vestibular, aprender inglês, usar camisinha, dizer não às drogas, não beber quando dirigir, dar satisfação aos pais, ler livros que não quer e administrar dezenas de paixões fulminantes e rompimentos. Não tem grana para ter o próprio canto, costuma deprimir-se de segunda a sexta e só se diverte aos sábados, em locais onde sempre tem fila. É o apocalipse. Felicidade, onde está você? Aqui, na casa dos 30 e sua vizinhança.
Está certo que surgem umas ruguinhas, umas mechas brancas e a barriga salienta-se, mas é um preço justo para o que se ganha em troca. Pense bem: depois dos 30, você paga do próprio bolso o que come e o que veste. Vira-se no inglês, no francês, no italiano e no iídiche, e ai de quem rir do seu sotaque. Não tenta mais o suicídio quando um amor não dá certo, enjoou do cheiro da maconha, apaixonou-se por literatura, trocou sua mochila por uma Samsonite e não precisa da autorização de ninguém para assistir ao canal da Playboy. Talvez não tenha se tornado o bam-bam-bam que sonhou um dia, mas reconhece o rosto que vê no espelho, sabe de quem se trata e simpatiza com o cara.
Depois que cumprimos as missões impostas no berço — ter uma profissão, casar e procriar — passamos a ser livres, a escrever nossa própria história, a valorizar nossas qualidades e ter um certo carinho por nossos defeitos. Somos os titulares de nossas decisões. A juventude faz bem para a pele, mas nunca salvou ninguém de ser careta. A maturidade, sim, permite uma certa loucura. Depois dos 35, conforme descobriram os participantes daquele congresso curioso, estamos mais aptos a dizer que infelicidade não existe, o que existe são momentos infelizes. Sai bem mais em conta.
Outubro de 1998
Martha Medeiros
"Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima.
Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar"
Martha Medeiros

Pessoas

Atualmente as principais escolas de gestão apontam para a necessidade de se valorizar as pessoas como forma de obter sucesso.
Minha experiência profissional, me leva a concordar plenamente.
O trabalhador precisa ser visto como ser humano e ter atendido outros desejos que não apenas o financeiro, sem esquecer este, claro. As pessoas desejam ser ouvidas, terem suas ideias avaliadas e se adequadas vê-las discutidas e implementadas, serem chamadas para se aprimorar, terem a oportunidade de se reciclar ou seja elas querem na maior parte das vezes é evoluir!
Portanto, se trabalhas com um grupo, olhe para ele com atenção e respeito e a maior parte dos problemas de sua equipe serão solucionados.
Um abraço.

Wilson Pessanha.