terça-feira, 27 de outubro de 2015

Onde parar?

Onde vamos parar com nossa atual onda de intolerância e de radicalização?
Certo que a cena política e econômica não nos permite muitas alegrias, mas ter isto como motivo para radicalizar as relações sociais, criando grupos sempre antagônicos não é produtivo.
Até ontem, um político arrogante e falastrão aparecia como um paladino na luta contra o governo Dilma e o PT, hoje mostra-se tão pouco probo quanto aqueles a quem ataca. A oposição feita pelos demais partidos segue na linha do deixa eu me aproveitar agora para ver se consigo algo, sem qualquer respeito a população que nela votou, já que apostam na situação do quanto pior melhor, contribuindo negativamente para nosso crescimento político, intelectual e social.
O governo, que não sabe como se desatolar do buraco onde se meteu, segue com os mesmos erros do toma lá dá cá espúrio e improdutivo, atacando a si próprio e permitindo que aquilo que fez de bom se transforme em nada.
O Brasil foi construído sobre muitas chagas e incoerências, vive desde tempos imemoriais mergulhado em uma violência sistemática e continua que nos chega até os dias de hoje. Mas também foi construído pela presença de diversas raças e opiniões, que se juntaram e se misturaram para viverem juntas de uma forma mais fácil como em poucos lugares se vê.
Não podemos deixar que a insensatez  dos nossos políticos nos contamine e nos leve a atos insanos, precisamos ver com olhos mais calmos tudo o que ocorre e apoiar aquilo que pode mudar nossa sociedade: a  ação dentro da lei por parte dos órgãos de investigação, a aplicação das regras da justiça pelo judiciário de forma independente e equânime, a presença do contraditório como parte da democracia, a valorização da democracia e devemos fugir rápido das falsas promessas daqueles radicais que sopram palavras de intransigência como sendo a forma de se levar a vida para adiante, pois, estes, normalmente, só pensam em si.
As reais mudanças não ocorrem pelo simples esgarçar da situação vigente, mas pela maturidade dos processos, pela presença de uma democracia apoiada na legalidade e pela ação civilizada dos cidadãos.

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Wilson Pessanha