segunda-feira, 11 de abril de 2011

Mundo Novo.

Hoje, conversando com um jovem de 12 anos, tentava entender como está se dando a mudança da atitude de consumo de bens culturais.
O jovem, seguindo a lógica de sua geração, falava com naturalidade sobre desbloqueio de equipamentos para se ter acesso à aplicativos como jogos, tocadores de música, editores de imagens, além é claro de filmes e músicas grátis. Na sua lógica, a utilizaçào destes recursos sem pagar por eles é natural e não fere qualquer direito, sendo inclusive uma opção "honesta" a falta de dinheiro para obtê-los.
Tentei argumentar indagando se a pessoa que criou o aplicativo não merecia ser recompensada pelo seu esforço e trabalho, no que fui rechaçado sem maiores explicações.
Mais tarde, li um artigo onde o autor fala sobre a distribuição de livros por meios eletrônicos e de como isto vai de alguma forma afetar a vida dos seus autores que precisam ser remunerados para poder seguir escrevendo.
Este artigo se conecta com outro sobre a cobrança para se ter acesso aos jornais em suas edições digitais, fato este iniciado por ingleses e norte americanos. Neste artigo,  a autora diz que o acesso gratuito é possível pois alguém paga, seja através da compra em banca, seja via publiciade digital ou impressa e ela finaliza com a colocação de que entraves  ao acesso digital, automaticamente significa perda de audiência e que não estar na internet pode vir a significar o desaparecimento ou pelo menos a diminuição da relevância, o que não é desejado por nenhum autor ou meio de comunicação.
Como vamos resolver  o impasse entre o que se paga ou não, como remunerar aqueles que criam para que possam continar criando e como seguir ampliando o acesso a informação, ponto comum das duas análises, sem ferir a ética como conhecemos?
São  perguntas difíceis de se responder mas que precisam ser respondidas, pois o que se tem de consenso é que parar a expansão do acesso a informação e cultura, além de praticamente impossível com as tecnologias hoje existentes, não vale a pena.
Um abraço.

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Wilson Pessanha