sábado, 21 de abril de 2012

Só feriado na Rio+20

Acabo de ler que o prefeito do Rio vai propor feriado e ponto facultativo nos dias 20, 21 e 22 de junho, devido a realização da Rio+20. Tal solicitação atende a um pedido do governo federal e visa minimizar os transtornos a população devido a presença de chefes de Estados e seus esquemas de segurança.
Ocorre que neste Estado em particular, já temos uma enorme quantidade de feriados, devidamente alongados com os pontos facultativos distribuídos pelos nossos governantes, sem que se avaliem as reais dimensões deste hábito carioca/brasileiro.
Vejamos: este já será um fim de semana prolongado, pois segunda é feriado de São Jorge, daqui a exata uma semana teremos o feriado do dia 1 de maio que será precedido, provavelmente, de outro ponto facultativo por cair numa terça feira, faz duas semanas tivemos o feriado da Semana Santa que durou quatro dias, já que na quinta, dia 5/04 foi ponto facultativo. E não estou contando o carnaval e os próximos que virão. Ou seja, neste breve relato já perdemos três dias; caso a proposta do prefeito vingue, perderemos então 6 dias, já que as datas citadas caem respectivamente numa quarta, quinta e sexta feira.
Estes atos, aparentemente sem grandes consequências, trazem junto consigo uma série de problemas para a população em geral e os mais pobres em particular, como: diminuição do números de dias de aula e do tempo de permanência em sala de aula, alteração para mais tarde das datas de consultas e procedimentos médicos em ambulatórios e hospitais que são marcadas com meses de antecedência e que não serão realizadas, diminuição do tempo de trabalho das intituições judiciárias com aumento ou manutenção da sua famosa letargia, maior dificuldade de acesso aos orgãos públicos devido ao menor tempo trabalhado, etc.
Se queremos ser grandes de verdade, temos de criar já, uma mentalidade onde trabalhar valha a pena por ser compensador financeiramente e socialmente, onde ter a cidade funcionando para seus cidadãos seja sempre uma prioridade, onde se possa realizar um evento sem termos de mudar nossa rotina, onde um dia de escola a menos não seja uma banalidade e onde os governantes se sintam envergonhados de cabular dias de trabalho útéis e necessários a todos.
Um abraço

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Wilson Pessanha